Nota foi publica na edição de ontem, 19 de maio, do jornal
Cartórios Brasileiros
Surpreendeu negativamente a coluna de David Coimbra na qual os cartórios brasileiros foram referidos sob o sugestivo título “Um pouco de roubo” (ZH, 11/5, página 39). Estamos preocupados em esclarecer que, no Brasil, não vigora o “sistema anglo-saxão” a que o jornalista fez referência, não havendo como compará-lo com uma realidade que pratica um sistema cuja origem é latina. Aqui, as coisas são diferentes porque o sistema pretende dar segurança aos negociantes, esmiuçando juridicamente o contrato antes de conferir-lhe o devido registro. É um sistema infinitamente mais barato porque diz respeito somente ao ato praticado episodicamente na vida do cidadão e não requer a renovação permanente de um seguro para a garantia do contrato.
No sistema latino, a segurança vem da intervenção do notário e do registrador, ao passo que nos sistemas de origem anglo-saxônica a segurança vem do pagamento do seguro. Este último é um sistema mais caro e menos eficiente, mas, talvez, mais adequado a países mais ricos.
Manifesto a indignação da categoria com a opinião do jornalista, que lamentavelmente, espelha desconhecimento sobre a realidade do setor no país.
Nota do jornal Zero Hora
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João Pedro Lamana Paiva
Presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil
Vice-presidente do Colégio Registral do RS
Fonte: www.irib.org.br
Em 21.05.2015